sábado, 19 de outubro de 2013

Tecido Vegetal - Meristema

Um dos tecidos mais importante e o que dá origem aos demais tecidos vegetais é o meristema. Esse tecido é encontrado no embrião e ao se diferenciar forma os demais tecidos vegetais. No adulto ele é responsável pelo crescimento das plantas.
O Meristema pode ser dividido primário e secundário.

Os meristemas primários  são formados a partir da embriogênese, ou seja, descendem diretamente das primeiras células embrionárias, presentes nas sementes. São encontrados nas dicotiledôneas anuais de pequeno porte e na maioria das monocotiledôneas. O meristema responsável pelo crescimento em comprimento da raiz não é terminal, mas está protegido sob um capuz celular chamado de coifa.
O meristema primário divide-se em três partes:
  • Protoderme – o protoderme é o meristema que origina a epiderme.
  • Procâmbio – este é o meristema que origina os tecidos vasculares do sistema vascular primário, ou seja, de onde surge o xilema e o floema. O xilema nas plantas vasculares tem a função de transportar seiva bruta nos vasos presentes nestas plantas vasculares. O floema fica responsável pelo transporte de seiva elaborada (glicose), que fornece alimento para as células.
  • Meristema fundamental – formam todos os tecidos primários do sistema fundamenta dos tecidos do córtex: parênquima, colênquima e esclerênquima.
    • O parênquima ocupa os espaços vazios deixados pelos tecidos de proteção e condução, suas paredes são delgadas, normalmente possuem parede primária e são encontrados em todos os órgãos vegetais;
    • O colênquima ajuda a suportar os órgãos em crescimento, possui celulose e podem possuir cloroplastos;
    • O esclerênquima é composto por células vegetais mortas e sua parede celular é espessa e lignificada; tem a função de resistência.

Tipos de meristemas primários

  • Radiculares – A parte mais externa do meristema é a coifa, que tem a função de proteger o meristema apical, dando origem a raiz das plantas.
  • Caulinares – Camada que segue a camada radicular, que dá origem ao xilema e ao floema primários.
  • Meristema basal  – Dá origem a medula e ao câmbio cortical, que dá origem ao córtex, que por sua vez é o que transforma as plantas em árvores.
O meristema primário ainda contém o caliptrogênio, que forma a coifa ou caliptra.







Meristemas secundários, popularmente conhecidos como sistema secundário, são encontrados em dicotiledôneas egimnospermas. Meristemas secundários surgem a partir de células diferenciadas, normalmente parenquimáticas. Estemeristema  adquire a capacidade de realizar a mitose, que em botânica tem a terminologia de desdiferenciação.  As células deste mostram-se com características opostas do meristema primário, com seu núcleo periférico, parede celular espessa, diferença no tamanho das células e vacúolo central. Os meristemas secundários crescem a partir pelo aumento dos tecidos vasculares presentes nos meristemas primários.
Existem dois tipos de meristema secundário: câmbio vascular e felogênio (câmbio cortical).
O câmbio vascular tem origem no centro da raiz ou do caule, na parte interna do xilema secundário e externa do floema. O nome xilema secundário dá-se devido ao seu crescimento que se inicia no câmbio vascular e não no meristema primário. Lembrando que o câmbio vascular não produz tecidos laterais, apenas tecidos lenhosos de caules e raízes.
Existe uma camada de células cilíndricas que passa por toda a raiz, e é responsável pelo aumento em diâmetro do caule e da raiz, podendo também ser responsável pela formação de novos vasos condutores.  O câmbio vascular fica localizado, em plantas mais jovens, próximo ao ápice, enquanto que em plantas mais velha se localiza mais perto do solo.
O felogênio se localiza na periferia da raiz ou do caule na parte interna da feloderme e na externa do súber, e é derivada do câmbio da casca (cortical). Diferenciam-se como células suberificadas que formam uma camada protetora denominada periderme.
A função do meristema secundário é produzir a periderme que é responsável por substituir a epiderme, produzindo um tecido protetor da planta. O súber, podendo ser chamado também de cortiça, é composto por células que variam de forma, podendo ser paliçadas, arredondadas, quadradas, etc. Não apresentam espaço intercelular, geralmente mortas na maturidade, e sua parede contem suberina. A suberina é uma cera que é sintetizada pelas células do súber com crescimento secundário, sendo altamente hidrofóbica.
A feloderme é composta por células parenquimáticas ativas, normalmente constituída por apenas uma camada de células, mas podendo ocorrer em alguns casos três ou quatro camadas. São diferenciadas do parênquima devido seu alinhamento com o felogênio. Estas células podem desempenhar diversas funções como: produção de fenólicos, fotossíntese e as vezes formando estruturas secretoras.
O câmbio vascular e o felogênio são conhecidos também como meristemas laterais, devido a posição em que se localizam.





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